Chula

Dança folclórica do Rio Grande do Sul, executada por homens e cuja coreografia, com muitas sapateadas, exige grande habilidade do dançarino. É acompanhada de palmas, violão, cavaquinho, pandeiros e castanholas.

A chula tradicional era dançada da seguinte forma: Dois dançarinos ficavam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Cada um dos oponentes executava uma seqüência de difíceis passos coreográficos indo até a extremidade oposta da lança e retornando ao seu lugar de origem. 

 

Vejam agora a apresentação da Chula, observem o quadro dos detalhes dos pés.

Xaxado

A origem da palavra é uma onomatopéia do barulho xa-xa-xa feito pelos dançarinos quando arrastam as alpercatas no chão. A origem do xaxado também existe controvérsias, alguns afirmam que ele nasceu em Pernambuco, mas existem dúvidas de quem teria sido seu criador, alguns historiadores afirmam que sua origem é portuguesa e outros que sua origem é indígena. O xaxado foi divulgado pelos cangaceiros que usavam a dança como grito de guerra ou para celebração de vitórias, o rifle era a substituição da mulher, porque a dança era tipicamente masculina. Com o passar dos anos as mulheres conseguiram seu espaço na brincadeira.
Os movimentos da dança são apresentados em fila (influência indígena), sem volteio, avançando o pé direito em três e quatro movimentos para os lados e puxando o esquerdo, num rápido e arrastado sapateado. Vejam o vídeo para ter uma melhor visualização desta cultura que também faz a diferença.

Vejam que bela apresentação…

Carimbó

Considerado uma variação do batuque, o Carimbó é uma dança típica do Estado do Pará, e áreas próximas como Bragança, Salinas e Ilha do Marajó. O nome carimbó aplica-se tanto a dança como a música.

Na língua indígena “Carimbó” – Curi (Pau) e Mbó (Oco ou furado), significa pau que produz som. Em alguns lugares do interior do Pará continua o título original de “Dança do Curimbó”. Entretanto, a dança ficou nacionalmente conhecida como “Dança do Carimbó”.

O Curimbó ou Carimbó surgiu da necessidade que os negros escravos sentiam de se divertir e a música adaptada das rodas de samba favorecia o distanciamento do estado nostálgico dos escravos que viviam nos sítios e fazendas da região.

Estudiosos em folclore afirmam que o carimbó é única dança brasileira, onde se percebe a influência dos três povos que formam a sociedade brasileira: batuque africano, os instrumentos indígenas e coluna curvada, da forma como dança esse povo e o estalar de dedos dos portugueses.

A coreografia caracteriza-se como uma dança de roda. Homens e mulheres dançam em pares durante um tempo e depois, separam-se para chamada dança solista. Nesta, os dois ganham mais liberdade para dançar. As roupas são coloridas, os homens usam blusas abertas na frente amarradas com um
laço na altura da cintura, calça de pano dobradas na altura do joelho.

As mulheres usam uma saia comprida e flores no cabelo. Ambos fazem suas apresentações descalços.

Os instrumentos musicais usados são xeque-xeque, reco-reco, pandeiro, os tambores que dão nome a dança, além dos cantos solos. Esses instrumentos compõem o conjunto musical característico, sem a utilização de instrumentos eletrônicos.

Abaixo teremos uma apresentação do Carimbó

Sirirí

O Siriri é uma dança folclórica da região Centro-Oeste do Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos.

A dança lembra as brincadeiras indígenas, com ritmo e expressão hispanolusitana. Pode ser comparado com o fandango do litoral brasileiro. A música fala das coisas da vida de forma simples e alegre. Como instrumentos musicais, acompanham a viola de cocho, o cracacha (ganzá) e o mocho ou tamboril. A origem do termo siriri é incerta. Para alguns estudiosos vem da palavra otiriri, que designa um entremez do século XVIII, em Portugal. Outros acreditam expressar um tipo de cupins de asas. A expressão corporal e a coreografia transmitem o respeito e o culto à amizade, por isso é conhecido como dança mensagem.

Abaixo teremos uma apresentação da manifestação ritmica do Sirirí.

Catira

Catira ou cateretê é uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos.

A Catira em algumas regiões é executada exclusivamente por homens, organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de cada uma delas fica o violeiro que tem à sua frente a sua “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria, entoando uma terça abaixo ou acima. O início é dado pelo violeiro que toca o “rasqueado”, toques rítmicos específicos, para os dançarinos fazerem a “escova”, bate-pé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda viola, com temática variada em estilo narrativo, conforme padrão deste gênero musical autônomo.

Vocês verão abaixo uma apresentação de Catira no programa Terra Nativa da Rede Bandeirantes…